domingo, 20 de dezembro de 2009

Males da Tecnologia

Como bons estudantes do Colégio Diocesano de Garanhuns, que fomos, aprendemos muitas coisas, dentre elas, o suficiente sobre Matemática e Português, para que pudessemos enfrentar tudo que a vida profissional iria nos exigir no futuro. E vemos que foi suficiente, pois, nunca tivemos dificuldades de expressão, nem tão pouco a famosa dificuldade com cálculos. Se hoje não temos um completo domínio da nossa língua, é mais por nossa própria culpa do que por falta dos ensinamentos necessários. Entretanto, nos últimos tempos, estamos diante de situações que podem ser consideradas até constrangedoras. A chegada do computador nos trouxe grandes avanços e facilidades, mas, ao mesmo tempo, uma certa preguiça mental. Se antes tínhamos que pensar duas vezes antes de grafar uma palavra, hoje deixamos tudo a cargo dos processadores de texto que, por mais eficientes que sejam, não têm o domínio completo do nosso idioma. Estamos tão viciados pela espera de que as palavras que grafamos erradas sejam grifadas, que nos esquecemos de conceitos básicos e de fundamentais regras da nossa língua. Por que nos preocuparmos em escrever certo se os editores de texto estão ali, prontos para nos corrigir? Isso ainda não é o suficiente? Os dicionários on-line nos ajudam também. O resultado de tudo é que estamos deixando nossas mentes enferrujarem. Por mais perfeitos e desenvolvidos que sejam os softwares, eles jamais terão certas capacidades comuns e peculiares ao ser humano, tais como: reflexão e discernimento. Conclusão: a tecnologia é uma forte aliada, mas, para aqueles que tiveram base no aprendizado. Vejam os jovens teclando nos "Skypes" e "Messengers" da vida. Eles usam as ditas "linguagens de jovens", mas, será que por trás disso tudo não está uma completa incapacidade de escrever corretamente? É bom refletirmos sobre isso. As novas gerações que estão surgindo vão continuar escrevendo "seguimento" para expressar o grupo social a que pertencem.

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